data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Desde o início do júri do Caso Kiss, no dia 1º de dezembro, cerca de 30 pessoas já foram atendidas pelo ambulatório médico e psicológico disponibilizado no Foro Central I, em Porto Alegre. O espaço é voltado, principalmente, ao atendimento de integrantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (ATVSM). Em entrevista à CDN, a enfermeira e uma das coordenadoras do ambulatório, Patricia Bueno sobre a rotina de atendimentos.
- Nesses primeiros dias, nós nos colocamos neste espaço. Um espaço novo para todo mundo. Antes do júri, o pessoal do Foro também não tinha esse conhecimento, essa experiência. Então, foi uma forma de mostrarmos o significado de apoio para esses pais, o porquê estamos aqui. No momento, está bem tranquilo. Acontece uma 'despressurização' dos pais dentro da nossa sala. Então, eles vem para poder se tranquilizarem, respirarem - relata Patricia.
Ex e atual presidente da AVTSM se encontram em Porto Alegre e falam sobre o júri
Os atendimentos no ambulatório são realizados nos turnos em que ocorre o júri (manhã, tarde e noite). Em média, a assistência conta com 12 a 15 pessoas, além de sete profissionais.
- Muitos pais precisam vivenciar este momento. Então, nós pactuamos: 'vivenciou esse momento agora, acha que consegue outro?' 'Não' 'Então, se distancia quando vierem os próximos'. É sempre uma emoção. É sempre algo em que você se coloca no lugar do que o filho viveu, no lugar do sobrevivente ali está contando também. É um momento muito emocionante quando o sobrevivente conta o que passou e você pensa que o filho passou por isso ou pior. Então, não tem como controlar. Eles vão se avaliando e vão se ajudando. A rede de apoio deles é muito grande e nós estamos ali do lado, para que até onde eles forem. Se quiserem sair, vamos estar sempre aqui para acompanhar - afirma a profissional.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)